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    Home » A história por trás da busca de Trump por um novo avião
    Política

    A história por trás da busca de Trump por um novo avião

    JornalismoPor Jornalismomaio 21, 20258 Minutos
    Um homem está saindo de um avião, que é identificado como Air Force One, através de uma escada. Ele está acenando com a mão. O avião é de cor azul e branca, com o emblema da presidência dos Estados Unidos visível na parte inferior da fuselagem. O céu está claro, indicando que é um momento do dia.
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    Os Estados Unidos assinaram um contrato de US$ 3,9 bilhões com a Boeing em 2018 para produzir dois jatos destinados a substituir os atuais Air Force One, mas uma série de atrasos adiou a entrega muito além do prazo previsto para 2024 —possivelmente até depois do segundo mandato de Donald Trump.

    Trump continuava a voar nos mesmos aviões usados pelo presidente George H. W. Bush há 35 anos. Não era apenas uma questão de vaidade: os aviões, fora de produção, exigem manutenção constante, e autoridades de ambos os partidos vinham pedindo sua substituição há mais de uma década.

    Mas Trump queria um avião novo enquanto ainda estava no cargo. Como conseguir isso?

    “Somos os Estados Unidos da América”, disse Trump neste mês. “Acho que deveríamos ter o avião mais impressionante.”

    A decisão do governo Trump de aceitar um Boeing 747-8 de luxo como presente do Qatar envolveu semanas de coordenação secreta entre Washington e Doha. O Pentágono e o Escritório Militar da Casa Branca entraram em ação, e Steve Witkoff, enviado de Trump para o Oriente Médio, teve papel central.

    Logo após Trump assumir o cargo, militares começaram a discutir como os EUA poderiam adquirir temporariamente um avião para uso presidencial enquanto os novos jatos da Boeing não ficavam prontos, revelou uma investigação do New York Times. Em 11 de maio, Trump anunciou nas redes sociais que o Qatar forneceria um avião ao país, chamando-o de “um PRESENTE, GRATUITO”.

    Persistem dúvidas sobre a viabilidade financeira do negócio —que ainda não foi formalizado— devido ao alto custo para adaptar e operar o avião, além da incerteza de que ele ficaria pronto a tempo de ser usado ainda neste mandato.

    O esboço do acordo provocou críticas de democratas, republicanos e especialistas em ética, que consideram que o presente parece uma tentativa do Qatar de ganhar influência com o governo americano.

    Até hoje, não está claro como o plano, que inicialmente previa a compra do avião pelo governo dos EUA, se transformou em uma proposta de doação por parte do Qatar.

    O Qatar nega que esteja tentando exercer influência. Trump afirma que não usará o avião após deixar o cargo. Parte dessas negociações já havia sido noticiada pela emissora CNN.

    Fontes que participaram das discussões disseram que a busca por um substituto começou com o Escritório Militar da Casa Branca trabalhando com a Boeing e o Departamento de Defesa para identificar modelos 747 com layout executivo que poderiam ser adaptados mais rapidamente para uso presidencial.

    Só havia oito aviões com esse perfil no mundo —incluindo um luxuoso jato de dois andares que o Qatar tentava vender há anos, sem sucesso.

    O folheto de venda exaltava os detalhes luxuosos que agradam Trump: tecidos refinados no quarto, couro e madeira nobre, um banheiro que é “quase uma obra de arte”. O mesmo modelo havia sido doado pelo emir do Qatar à Turquia em 2018, como gesto de apoio ao presidente Recep Erdogan. Esse segundo 747, no entanto, ainda estava à venda.

    Witkoff, velho conhecido de Trump no mercado imobiliário de Nova York, tinha laços próximos com o Qatar —o fundo soberano do país o havia resgatado em 2023 após um fracasso em um negócio imobiliário. Witkoff então procurou os qataris sobre o avião.

    Amor à Primeira Vista

    Em fevereiro, o Qatar concordou em enviar o jato à Flórida, onde Trump poderia inspecioná-lo enquanto estava em Mar-a-Lago.

    O avião chegou a West Palm Beach em 15 de fevereiro, após voo direto de Doha. Trump foi ao aeroporto às 10h da manhã para ver de perto o jato que havia pertencido à família real do Qatar.

    Segundo o folheto, a parte superior tinha um lounge e centro de comunicações; o quarto principal podia ser convertido em unidade médica com oxigênio direto. A seção para funcionários contava com 12 assentos totalmente reclináveis.

    “É uma fera”, disse Marc Foulkrod, engenheiro aeroespacial que tentou vender o avião para o Qatar. “É uma peça clássica na versão VIP.”

    Mas aviões assim têm poucos compradores. “Talvez você encontre aquele sujeito ególatra que quer um só para ele”, disse Foulkrod.

    Companhias aéreas não se interessavam, pois ele não era adaptado para uso comercial. E o 747, com quatro motores, é caro de operar e manter. Peças de reposição também se tornam mais difíceis com o fim da produção do modelo.

    Levar o avião aos EUA só para Trump inspecionar já foi caríssimo —estima-se que custe US$ 25 mil por hora de voo, podendo chegar a US$ 35 mil em voos fretados. Com 30 horas de voo ida e volta entre Doha e Flórida, o custo pode ter alcançado US$ 1 milhão.

    A Casa Branca sugeriu que o tour servia para pressionar a Boeing a acelerar as entregas. Mas, após ver o avião, Trump ficou encantado.

    No voo de volta a Washington, já no Air Force One antigo, Trump não parava de falar no jato do Qatar. Com uma nova pintura e ajustes rápidos, acreditava que ele poderia estar pronto em um ano.

    Enquanto isso, os jatos da Boeing pagos pelos EUA viraram prioridade secundária. Elon Musk havia sido encarregado de pressionar a empresa, mas a previsão era de entrega apenas em 2027. O jato do Qatar, fabricado em 2012, foi avaliado entre US$ 150 e 180 milhões.

    Mas, no fim, o Qatar não o venderia.

    “Um Presente, Gratuito”

    Em fevereiro, quando Trump visitou o avião, as conversas mudaram: a ideia passou a ser uma doação.

    Para oficiais da Força Aérea, isso foi uma surpresa —em nenhum momento o Pentágono sugeriu essa possibilidade.

    Segundo uma autoridade, os qataris se mostraram dispostos à ideia. Outra disse que Witkoff sempre considerou que seria uma doação. O Qatar, por sua vez, não confirma essa versão. Mas, se seria de graça, por que recusar?

    Do ponto de vista legal e logístico, uma doação seria mais simples e rápida.

    Autoridades do Qatar disseram que enviaram o avião apenas para avaliação, esperando uma venda.

    Os laços entre EUA e Qatar são estreitos, especialmente por causa da base aérea Al Udeid, que recebe operações militares americanas. Desde 2003, o Qatar investiu mais de US$ 8 bilhões nessa imensa base e, durante visita recente de Trump, anunciou mais US$ 10 bilhões em investimentos.

    Witkoff, além da ajuda financeira recebida do Qatar, tem laços pessoais com a elite do país. O premiê do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, esteve no casamento de seu filho.

    “Tenho uma relação pessoal”, disse o sheik a Tucker Carlson em entrevista recente.

    Complicações Éticas e Práticas

    A ideia de aceitar o avião como presente provocou reações duras. Seria um dos maiores presentes estrangeiros já recebidos pelo governo americano, destinado ao uso de uma única pessoa, sem aprovação do Congresso.

    Trump afirma que o avião seria doado ao Departamento de Defesa e, depois, à sua futura biblioteca presidencial —como ocorreu com Ronald Reagan, cujo museu exibe um avião presidencial desativado. Ele diz que não usará o avião como jato privado após deixar o cargo.

    Um porta-voz do Qatar disse que nenhuma decisão foi tomada e que os departamentos jurídicos dos dois países ainda analisam a questão.

    Mas os termos do acordo não foram divulgados. E preparar o avião para uso presidencial está longe de ser simples.

    A Boeing levou cinco anos para adaptar os novos 747s com comunicações seguras, blindagem antimíssil e proteção contra pulsos eletromagnéticos.

    O avião qatari precisaria ser inspecionado contra escutas, equipado com sistemas especiais e reformado. Mesmo doado, os custos seriam imensos: pelo menos US$ 1 bilhão.

    Foulkrod disse que a adaptação levaria anos —provavelmente depois de 2027.

    “É ridículo”, afirmou, dizendo que seria mais sensato acelerar os projetos da Boeing. “Faz mais sentido economicamente do que adaptar um avião usado.”

    O jato está hoje em San Antonio, segundo registros de voo e fotos analisadas pelo Times.

    Nenhum orçamento novo para adaptação ou manutenção foi aprovado pelo Congresso, que deverá analisar qualquer acordo.

    A Casa Branca considera contratar a L3Harris, empresa militar, para o trabalho —mas o custo e a origem do financiamento não foram revelados.

    Trump poderia dispensar exigências de segurança, mas ex-oficiais do Pentágono alertam que isso comprometeria a função do avião como instrumento de comando militar em guerra.

    O sheik Mohammed defendeu o plano, chamando-o de “rotina entre aliados”, parte de uma “relação institucional”.

    Também disse que críticas ao Qatar se baseiam em estereótipos de que o país, por ser pequeno, só consegue influenciar por meio do dinheiro.

    Andrew Hunter, ex-secretário assistente da Força Aérea, afirmou que, mesmo doado, o avião representaria enorme custo para os EUA: só a tripulação custa US$ 37 milhões por ano. O custo total anual de operação ultrapassa US$ 134 milhões.

    “Ninguém além de um Estado —ou uma companhia aérea— poderia bancar esse avião”, disse Hunter. “É absurdamente caro.”

    Fonte Matéria

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